quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ato 2

Estou repleto de coisas, umas plenas e profundas, outras nem tanto, amenas,
pequenos tesouros a lhe oferecer.
Sincero, à sua frente, encontro-me mudo.
Meus olhos segredam:
- Despido dentro de mim... desnudo diante do mundo.

Antes, um vendaval não acenderia a brasa-jazida,
hoje, um suspiro, um sibilo, uma sensação tardia...
e um incêndio se forma.
Meu fogo arde em fome preocupada por sua lida.

Estou ao meio, pela metade em você,
Inteiro nas redondezas de sua presença... no riacho de sua figura.
Em sua ausência sou sol pleno em deserto,
sou o que antes circundava e agora oriunda-se,
sou o que agora bifurca-se e procura uma única via,
estrada contínua, intracejada trilha.
Lúmen. (2006)

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