terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ato 8

Procurei-me em algo difícil de encontrar fora de mim
Procurando subjuguei-me ao ato.
Deixei a astúcia de lado e aliei-me à inocência.

Escuto passos de uma impaciência, ao longe,
Envolta numa névoa distante.
Ouço os ecos de seus passos em mim,
Há algo entre nós e o necessário dessa solidão.

Você perto de mim me torna mais puro,
Mais dentro de mim, envolto na névoa que sou,
Centrado no que me desconheço.
O escuro revela-me esse eixo.
Jaz um rosto em minha face,
(O vejo de olhos fechados)
Cheio de uma adesão tranquila,
Quando abro os olhos, disso me certifico.

A luz me dá uma certeza intensa de pertencer tanto!
Quero dividir-me...
Estar ausente, do todo que sou eu,
é feito uma ilha ausente do continente a que pertence.
Isto é um ato que transborda e modifica,
Uma flor que nasce, desabrocha, morre e ressuscita.
Pertencer-se é poder doar-se,
Senão de todo, pelo menos em parte, à vida,
Ou ao que ela clama ou reivindica.

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